Tesouro Direto ou CDB: qual a melhor opção para quem busca um bom rendimento?

Ambos são investimentos de renda fixa, mas se diferem em vários aspectos. Veja como decidir de maneira estratégica!

Tesouro Direto ou CDB

Para quem está saindo agora da poupança e deseja aplicar seu dinheiro de forma segura, tanto o Tesouro Direto quanto o CDB (ou Certificado de Depósito Bancário) são boas opções. Como esses são investimentos de renda fixa, eles trazem maior estabilidade e previsibilidade. No entanto, qual deles traz maior rendimento?

Essa resposta depende de uma análise mais profunda do perfil e dos objetivos do investidor e da situação econômica do momento. É importante, ainda, considerar fatores como taxa de juros, liquidez, risco e rentabilidade do investimento. Acompanhe a explicação de cada um a seguir.

Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.

CDB e Tesouro Direto: semelhanças e diferenças

Tanto os CDBs quanto o Tesouro Direto seguem a tabela regressiva do Imposto de Renda (IR), ou seja, quanto maior o prazo do investimento, menor será a alíquota incidente sobre os rendimentos. Isso significa que o investidor pagará menos imposto quanto mais tempo ele permanecer alocando recursos. Ambos os tipos de investimento também se caracterizam por um baixo risco de crédito, que representa a possibilidade reduzida de o emissor do título deixar de efetuar o pagamento devido.

Emissor e risco

Por outro lado, o CDB e o Tesouro Direto se diferem em alguns pontos importantes. O CDB é garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), com cobertura de até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira, mas é vulnerável à performance do banco emissor, que pode não honrar com seu compromisso. Já o Tesouro Direto, geralmente considerado mais seguro, tem garantia do governo federal. Assim, o risco de inadimplência é praticamente zerado.

Rentabilidade

Os investimentos em renda fixa podem ser pós-fixados (seguem a taxa Selic ou o Crédito de Depósito Interbancário, o CDI), prefixados ou híbridos (seguem uma taxa fixa somada a um índice de referência, como a inflação). No caso dos híbridos, há uma proteção contra perdas causadas pela variação inflacionária, possibilitando que o dinheiro aplicado mantenha seu valor real.

Vencimento

A função dessa variável é indicar quando o emissor pagará o rendimento do investimento. O Tesouro Direto geralmente possui prazos mais variáveis que o CDBs, podendo ser de curto, de médio ou de longo prazo, ou seja, entre cerca de 1 e 30 anos. Já os CDBs se caracterizam por prazos mais curtos de vencimento, normalmente entre 30 dias e 5 anos.

Liquidez

A liquidez de um investimento define qual o nível de facilidade e de rapidez em que é possível sacar o valor final da aplicação (valor inicial somado ao rendimento naquele período). Enquanto o Tesouro Direto tem liquidez diária, permitindo resgates a qualquer momento, o CDB tem liquidez variável, que não é pré-estabelecida.

É comum que CDBs de bancos digitais contem com liquidez diária, o que pode ser atrativo para quem quer fazer retiradas a qualquer momento, como o investidor que deseja se prevenir para o caso de emergências. É importante destacar, porém, que, quando o investidor resgata seus recursos antes do prazo de vencimento ou da data em que o rendimento é ofertado, ele tende a sair no prejuízo, pois corre o risco de desvalorização.

Como decidir entre CDB e Tesouro Direto?

Para definir qual investimento é mais adequado (CDB ou Tesouro Direto), analise criteriosamente os fatores mencionados. A partir disso, fica mais fácil tomar uma decisão assertiva sobre qual investimento é ideal para a sua tolerância ao risco, o seu objetivo financeiro e os prazos que você considera ideais.

Resumidamente, o CDB pode oferecer mais praticidade para resgates e é indicado para quem deseja retornos imediatos. Nesse caso, é necessário avaliar a saúde da instituição financeira emissora. Já o Tesouro Direto pode ser mais interessante para quem busca por segurança em primeiro lugar e tem objetivos definidos, como aposentadoria ou proteção contra a inflação.

Qual tem maior rendimento?

Não há uma resposta única, e a comparação dos rendimentos vai depender de uma análise caso a caso, levando em conta o momento histórico da aplicação. Isso porque o rendimento do CDB e do Tesouro varia de acordo com o cenário econômico do país, que afeta os índices atrelados aos títulos. O investidor precisa avaliar fatores como: reservas bancárias, liquidez do mercado, crises financeiras e mudanças regulatórias.

De maneira geral, o rendimento do CDB tende a ser maior que o do Tesouro Direto, principalmente quando está atrelado a um percentual do CDI acima de 100%. Além disso, quando os bancos estão com bom crédito para oferecer ao mercado, os CDBs têm bom rendimento, porque deve haver alta no CDI.

Em abril de 2025, por exemplo, o banco Santander oferecia a seus clientes uma opção de CDB que rendia 150% do CDI para aplicações acima de R$ 20 mil, superando a rentabilidade do Tesouro Direto. Além disso, se a inflação está alta, o Banco Central tende a aumentar a Selic, o que também beneficia o CDI e, por consequência, os CDBs atrelados a ele. O mesmo acontece em relação ao Tesouro Selic.

Por outro lado, se as taxas de juros caírem, o Tesouro ou CDB prefixados e o Tesouro IPCA+ são os que podem ter maior retorno, sendo o último mais interessante para objetivos de longo prazo, como aposentadoria. Caso haja dúvida, uma boa estratégia pode ser a diversificação, alocando os recursos em mais de uma alternativa.

Algumas fontes utilizadas:

https://borainvestir.b3.com.br/tipos-de-investimentos/renda-fixa/tesouro-direto/cdb-e-tesouro-direto-quais-os-pros-e-contras-desses-dois-titulos-de-renda-fixa

https://blog.genialinvestimentos.com.br/tesouro-direto-ou-cdb

https://blog.pagseguro.uol.com.br/cdb-ou-tesouro-direto