Você já parou para pensar em como é feito o desenvolvimento neurológico e como ele é construído.
Neste artigo, você vai saber como se dá a maturação neurológica, de forma ampla, uma vez que existem uma série de particularidades que determinam como ela ocorre em cada um. Veja aqui.
Desenvolvimento neurológico, o que é?
O desenvolvimento neurológico é como se chama o desenvolvimento do sistema nervoso e de suas estruturas componentes, tais como o cérebro, medula espinhal e nervos periféricos.
É por meio desse processo evolutivo que desenvolvemos funções essenciais, à percepção, cognição, movimento e comportamento. Para que essas funções se desenvolvam, o processo envolve a diferenciação celular, formação de conexões neurais (sinapses), crescimento e maturação das estruturas do sistema nervoso.
É muito importante entender sobre nosso desenvolvimento neurológico para entendermos sobre nosso progresso em diferentes fases da vida.
É por meio desse desenvolvimento que é possível perceber transtornos como o Autismo, que é um distúrbio do desenvolvimento neurológico.
Fases do desenvolvimento neurológico
Especialistas discorrem sobre o desenvolvimento neurológico de acordo com a enumeração das fases características por faixa etárias, que mostram o processo de obtenção de habilidades cognitivas que regem o amadurecimento neurológico.
Conheça as fases que caracterizam o desenvolvimento neurológico.
Fase dos 0 aos 10 anos: essa fase é caracterizada pelo desenvolvimento amplo da criança, sendo marcado por muitos avanços e pela formação da bainha de mielina no sistema nervoso central.
Essa fase é marcada pelo destaque dos respectivos estágios, o sensório-motor, pré-operacional e operatório-concreto.
O estágio sensório-motor é aquele em que há a formação da base de todos os processos cognitivos da criança.
Enquanto isso, o pré-operacional é uma continuação do primeiro estágio de desenvolvimento, também chamado desenvolvimento sensório-motor, no qual a criança foca mais em atividades sensório-motoras e o conhecimento é construído a partir da manipulação direta de objetos. A criança começa a reconstruir objetos, tempo e espaço.
Por fim, o estágio operatório-concreto é o período em que a criança consolida as noções de número, volume, peso e substância. Nesse período, a criança já consegue ordenar elementos segundo o tamanho (grandeza), assim como conjuntos, sendo capaz de organizar as coisas de forma lógica ou operatória. Nesse período, a atividade cognitiva da criança se torna mais rica a partir da reversibilidade lógica adquirida pela criança, representando o tempo desde os 7 até os 11 anos de idade, podendo se estender até os 12 anos.
No período total de 0 aos 10 anos, também foram definidas 6 subetapas: esquemas reflexos; esquemas de ação; reações circulares secundárias; coordenação dos esquemas secundários; reação circular terciária e invenção dos meios novos por combinação mental.
Fase da Adolescência: essa fase é caracterizada pelo início da vivência uma espécie de nova exuberância sináptica, caracterizada pela conexão considerável de sinapses, que são os pontos de contato da comunicação entre neurônios. A maioria das sinapses são químicas, em que a comunicação utiliza mensageiros químicos.
Vale considerar que os cérebros das pessoas ainda passam por modificações de desenvolvimento da neuroplasticidade até por volta dos 20 anos de idade.
Dos 11 aos 16 anos, uma das principais características do período é o fortalecimento do estágio das operações formais. O adolescente já é capaz de fazer agrupamento de representações em estruturas equilibradas em meio ao desenvolvimento de outras habilidades cognitivas.
Nesse período também há a percepção de novas estruturas intelectuais, além da mudança de esquemas pré-adquiridos e do desenvolvimento do raciocínio hipotético.
Fase adulta: na fase adulta, é possível perceber o início das perdas funcionais, sendo essencial a adesão de atividades que realizam o estímulo cerebral. Manter não só a mente, mas também o corpo ativo é essencial para a manutenção da saúde neurológica.
Além disso, a adesão de bons hábitos, como uma alimentação saudável e equilibrada, prática regular de atividades físicas, prática de leitura, estudos, sono equilibrado, etc, também colaboram com o desenvolvimento neurológico nessa faixa etária.
Desenvolvimento neurológico e desenvolvimento neuropsicomotor
Muitas pessoas confundem o desenvolvimento neurológico com o desenvolvimento neuropsicomotor.
A diferença está em que enquanto o desenvolvimento neurológico foca nas mudanças e no crescimento das estruturas do sistema nervoso, o desenvolvimento neuropsicomotor, além dessa vertente, também engloba vertentes psicológicas e motoras.
Por meio do desenvolvimento neuropsicomotor se engloba a parte física, cognitiva e emocional do desenvolvimento humano.
Dessa forma, o neuropsicomotor combina o desenvolvimento neurológico com as integrações com o ambiente e as experiências vivenciadas.
Tenha em mente que é a partir da estimulação sensorial e motora que o desenvolvimento é possível e se mantém em constante evolução, o que permite que haja a aceleração no processo de aprendizagem.
Doenças que afetam o desenvolvimento neurológico
Na maioria das vezes, os transtornos neuropediátricos são resultantes de eventos que ocorreram depois do nascimento, tal como lesões traumáticas e infecções nas estruturas nervosas.
Entre as principais doenças neurológicas que você deve se atentar estão:
- Meningite;
- Epilepsia;
- Paralisia cerebral;
- Distúrbio do comportamento;
- Malformações cerebrais;
- Tiques;
- Transtorno do Espectro Autista (TEA).
- Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
É muito importante se atentar quanto ao desenvolvimento neurológico, percebendo anormalidades, e o quanto antes recorrer a ajuda de um neurologista, que é o médico especialista em doenças que atingem o cérebro, medula espinhal, nervos periféricos e músculos. Não deixe de prezar pela sua saúde e funcionamento do sistema neurológico.
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